Dentre os diferentes tipos de aços, um se destaca quando o assunto é resistência à corrosão. Estamos falando das ligas de aços inoxidáveis austeníticos, de longe as mais utilizadas no mercado de fundição. Seu principal elemento de liga, responsável por conferir a estrutura austenítica, é o níquel, mas podem ser acrescentados outros elementos para melhoria de propriedades, como o nióbio e o tungstênio.
Esses materiais apresentam inúmeras características que justificam sua popularidade: são não magnéticos (ou ligeiramente magnéticos quando endurecidos por deformação) e têm boa resistência à corrosão; são, ainda, facilmente soldáveis, não temperáveis (endurecíveis) e de baixa dureza (150 a 200 HB).
Dentro da classe dos aços inoxidáveis austeníticos, podemos destacar os aços refratários. A norma que regulamenta seu uso, a ASTM A297, especifica que, dentre seus vários graus, o aço refratário oferece materiais para trabalho a temperaturas até 1.200 ºC, possibilitando a fabricação de peças como dispositivos para tratamento térmico, rolos para siderurgia, grelhas e componentes para caldeiras, cadinhos para fusão de não-ferrosos, tubos centrifugados em geral e tubos radiantes.
Os graus de refratários mais comumente utilizados da norma ASTM A297 são:
- HF – (19 Cr, 9 Ni)
- HH – (25 Cr, 12 Ni)
- HK – (25 Cr, 20 Ni)
- HN – (20 Cr, 25 Ni)
- HP – (26 Cr, 35 Ni)
- HU – (19 Cr, 39 Ni)
Vistas as características principais dos aços austeníticos refratários, podemos afirmar que são adequados para atender às necessidades dos seguintes segmentos: indústrias alimentícias, aeronáutica, ferroviária, naval, petrolífera, de papel e celulose, têxtil e química; destilarias; caldeirarias; estampagem geral e profunda; construção civil; mineração e refinarias.